Cheguei a Angola em Abril de 1961. Em 1967 fui escalado para Capelão Militar e com o Batalhão que me coube em sorte, fomos para Angola, colocados no saliente de Cazombo, Alto Zambeze, onde existia uma Missão confiada aos Missionários Beneditinos.
Felizmente que se criou logo uma boa relação entre a tropa e a Missão, gerando-se logo um grande apreço pelo seu trabalho missionário.
Depois de algum tempo de estadia em Cazombo, um Oficial e eu, fomos visitar a Missão. No fim da visita esse oficial, surpreendido com o que viu e escutou, desabafa comigo: «Sr.Capelão, confesso que tinha uma ideia errada sobre as Missões. Agora vejo o seu trabalho de dedicação a favor deste povo. Pessoas com cursos que se isolaram aqui com tantos sacrifícios por amor a esta gente aqui esquecida. É a missão que vale a este povo! O que seria desta gente sem a missão?»
No tempo da guerra a actividade dos Missionários estava bastante limitada porque não podiam sair em visita às suas Comunidades. Mas aquele Oficial apercebeu-se do trabalho da Missão no campo da escolaridade das crianças que sem a Missão não tinham possibilidades de aprender. Os jovens e adultos que se concentraram ao redor da Missão eram objecto de uma atenção constante.