Presidente dos EUA, Barack Obama será escoltado por agentes do Serviço Secreto norte-americano, com apoio das polícias Federal, Militar e Civil |
A “segurança aproximada” do presidente dos Estados Unidos é feita unicamente por agentes do Serviço Secreto americano. São eles que ficarão próximos a Obama em todos os momentos, em seus deslocamentos e em qualquer ambiente público, durante o tempo no Brasil. Sempre sem armas aparentes, também ocuparão os corredores do hotel e estarão em frente à porta da suíte presidencial, por exemplo.
O esquema completo, porém, ainda sendo montado em conjunto com as autoridades brasileiras, e contará com policiais federais brasileiros e apoio das polícias Militar e Civil, das Forças Armadas e da Guarda Municipal, no Rio.
Bope e Antibomba
A equipe de segurança de dignitários Delegacia de Defesa Institucional (Delinst) da Polícia Federal brasileira deve ocupar a portaria e entradas do hotel, e fará um segundo anel de segurança de Obama e de sua família. No Rio, policiais militares de unidades de elite, como o Bope e o Grupamento Tático de Motociclistas (GTM) vão integrar a segurança de área. Caberá à PM fechar avenidas por onde passará o comboio de carros de Obama, de sua segurança e da comitiva, abrir caminho com batedores em motocicletas e fazer o patrulhamento ostensivo das ruas – menos cheias, por se tratar de fim de semana. Especialistas em explosivos da Divisão Antibomba da Polícia Civil também estão designados. Outros policiais civis e a Guarda Municipal completam o esquema, em tarefas secundárias.
As Forças Armadas devem colaborar com pessoal à paisana (segurança “velada”) e fardado, com o possível uso de blindados, reforçando o patrulhamento nos itinerários e ajudando no balizamento do trânsito. Atiradores de precisão (snipers, ou “caçadores”, no jargão militar), espalhados por lugares estratégicos, vão formar duplas e ocupar “pontos dominantes”. Eles estarão nesses lugares altos, com visão privilegiada, na Cidade de Deus, favela de UPP que visitará, e na Cinelândia, onde ocorrerá o discurso de Obama ao público brasileiro. É possível que Obama discurse atrás uma proteção blindada, como fez Bill Clinton em visita à Mangueira, em 1997.
Em Brasília, a Marinha fará a segurança do perímetro lacustre no Lago Paranoá, onde fica o hotel previsto para hospedar a comitiva na capital. Estuda-se ainda o uso de embarcações na patrulha da orla do Rio.
Carro superblindado
Com o intuito de despistar ameaças, são designados sempre três roteiros de deslocamento distintos. A mais alta autoridade dos EUA só anda em veículos próprios, daí a razão dos cinco helicópteros serem transportados de navio ao país. Também serão trazidas duas limousines presidenciais ultrablindadas, chamadas de USA One – a exemplo do avião presidencial Air Force One – ou pelo apelido de “A Besta”. São espécies de tanques sobre rodas.
O carro de Obama anda escoltado por ao menos seis utilitários Suburban pretos, com equipes de atiradores portando fuzis e óculos e visão noturna, que circulam com os vidros do porta-malas abertos. Os carros têm teto retrátil, para permitirem o eventual uso de metralhadoras de grosso calibre, que sobem em uma plataforma, como se fossem carros de combate.
A equipe de Obama vai trazer ainda cães farejadores – na visita à Índia foram levados 30, um dos quais, causou polêmica entre muçulmanos locais por ter nome muçulmano (cães são tidos como sujos pelos religiosos).
Um time precursor de Obama esteve no Rio semana passada para definir o esquema de segurança durante a visita à cidade. O grupo, formado por agentes do Serviço Secreto, se reuniu no Consulado dos EUA no Rio e visitou locais aonde Obama deve ir.
Alta tecnologia para impedir ataques em hotel
O hotel onde Obama vai ficar terá a segurança muito reforçada, com aparatos de alta tecnologia trazidos pelos americanos, como scanners para identificar armas e explosivos e equipamentos para impedir ataques com armas químicas, biológicas e radiológicas ao local.
A ideia do presidente americano era ficar em um lugar em que possa combinar privacidade e segurança. Na zona sul, pode ser difícil encontrar esse local. Um dos locais estudados foi o Sheraton, na Avenida Niemeyer, entre Leblon e São Conrado, mas seria necessária a ocupação da favela do Vidigal pela polícia fluminense, o que praticamente levou ao descarte da alternativa. Hotéis na Barra da Tijuca podem ser uma opção, além dos tradicionais de Copacabana.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/conheca+o+megaesquema+de+seguranca+para+obama+em+visita+ao+brasil/n1238166166515.html