A presidenta Dilma Rousseff, ao lado do vice Michel Temer, Marco Maia, o presidente do STF, Cesar Peluzo, ministros e militares |
A presidenta Dilma Rousseff participou nesta terça-feira (19) da cerimônia em comemoração ao Dia do Exército, em Brasília. Passados mais de 100 dias desde sua posse, esta é a segunda vez em menos de um mês que Dilma compareceu a um evento ao lado de militares. Hoje, Dilma condecorou, no palanque monumental do quartel-general do Exército, personalidades e autoridades civis e militares que prestaram serviços "relevantes ao Exército". Neste ano, o Exército comemora 363 anos.
Seguindo o protocolo característico deste tipo de solenidade, a presidenta não discursou. Encaminhou uma mensagem a ser lida em seu nome durante o evento. Na nota, fez referências ao papel do Exército brasileiro no Haiti e ressaltou também a "confiança" da sociedade brasileira na eficiência da Força Terrestre. "Os valores que lhes são inerentes – patriotismo, profissionalismo e dedicação – fazem dessa instituição uma fonte permanente de orgulho para o país", afirma o texto.
"As tropas da Força Terrestre, em permanente prontidão, são a garantia indispensável da segurança do país. Um país de vocação pacífica e democrática, que valoriza o diálogo, a justiça, o respeito aos direitos humanos e que vem se consolidando como uma sociedade próspera e fraterna, que busca a igualdade de oportunidades para todos. Na verdade, uma das maiores democracias do mundo", completa outro trecho da mensagem. No último dia 5, Dilma já havia recebido, em cerimônia no Palácio do Planalto, quatro condecorações dos comandantes militares.
Ao longo de sua trajetória política, Dilma integrou organismos de luta armada contra o regime militar e até hoje é alvo de resistências em alguns setores das Forças Armadas. Em sites de militares da reserva ou reformados, é comum ver críticas e acusações contra a presidenta, que é chamada de “terrorista”, devido a sua participação na Polop (Política Operária), Colina (Comando de Libertação Nacional) e VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, fusão da VPR com Colina).
A presidenta afirma que nunca participou pessoalmente de ações armadas, embora admita sua filiação às organizações guerrilheiras. Ela chegou a ser presa em janeiro de 1970, em São Paulo, e foi submetida a torturas. Condenada a seis anos de prisão, teve a pena reduzida a dois anos e um mês.